sábado, 24 de agosto de 2013

Doutrina Religiosa e Relatos Romanos


Os relatos de César são tentadores, mas nem ele César, nem qualquer outro escritor nos deixaram nada além de informações superficiais sobre o que os druidas acreditavam ou falavam sobre o mundo divino. César listou muitos tópicos nos quais diz que os druidas mantinham longas discussões ou instruíam pupilos com poderes e esferas de ação dos Deuses imortais. Mas atesta que os druidas professavam saber a vontade dos Deuses e muitos autores falam que, os druidas tinham poderes divinatórios e prognósticos.

Diodorus reforça que eles falavam a "língua dos Deuses" e suas meditações com o mundo sobrenatural eram em busca de bênçãos para seus devotos. Lucan comenta quase exatamente a mesma coisa, dizendo que os druidas tinham a sabedoria dos Deuses.

Um detalhe específico sobre a doutrina ensinada é mencionado por César e refere-se ao culto aos Ancestrais: "Os gauleses acreditavam serem descendentes de DisPater e dizem que essa é a crença druídica". DisPater era um Deus romano, da noite e da morte, mas o comentário de César indica que os gauleses tinham um Deus semelhante ao deles. Os romanos também falam da sabedoria oral, do ensinamento dos filhos de nobres, distinguindo bardos e druidas.

Tácito chega a falar de uma escola celta em Burgundy (região da Borgonha, França), onde eles agiam como historiadores, que pesquisavam o mundo natural, eram filósofos, cientistas, faziam reunião em bosques e sítios, todas essas informações nos dão um esboço geral e externo da casta druídica. César chega a dizer que os druidas usavam o alfabeto grego para seus relatos públicos, mas consideravam impróprio escrever sobre seus estudos, mas tudo que foi relatado não basta para reconstruirmos sua doutrina religiosa.

Fonte bibliográfica:
The World of The Druids - Miranda J. Green
Ed. Thames Hudson 1997

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